Despertar
Se num qualquer momento de
clarividência alguém me dissesse que, num futuro próximo ou longínquo, iria
sentir um dia o que despertaste em mim, não acreditaria.
Sabes…há momentos em que ainda me
custa acreditar que tudo isto é real.
Desde o início em que os nossos
caminhos se cruzaram, no que parecia ser um momento predestinado, e os nossos
olhares se encontraram (reencontraram?),
num acaso… (também te soa a blasfémia
chamar-lhe assim?) as leis dos homens, as leis da física... até a gravidade deixou de fazer sentido.
Atracção física? Sem dúvida…Mas tão
mais que isso, que custa traduzir em palavras aqueles primeiros momentos.
A intensidade do que quer que fosse
que me puxava para ti assumiu proporções nunca antes vistas ou sentidas.
Um feitiço…chamemos-lhe assim, como
tantos o fizeram em tempos idos a tudo o que não se compreendia ou tinha
explicação.
Porque embora tentasse delimitar com
palavras aquele sentimento nascente (seria
mesmo? Ou antes o recordar de outras eras?), desde cedo percebi que não
chegavam…
Enfatuation foi a expressão que mais me parecia adequada a
descrever aqueles primeiros tempos. Mas também cedo foi suplantada pela
intensidade do sentir…
Olhares
trocados, uma ou outra mensagem sem consequência de maior que não fosse a de
nos fazer sorrir… ou assim pensava eu…
O
flirt inocente…ou nem tanto. Toques que
mal o eram…
E
num piscar de olhos tudo deixou de fazer sentido, sem TI.
Não
saberia descrever em que momento este AMOR cravou bem fundo as suas garras no
meu coração, que desde aí deixou de me pertencer. Ou será que sempre ali esteve
e apenas esperava que surgisses na minha vida para o despertar? Qual fénix adormecida…
Sabes?
Descobri que é possível viver com o coração fora do peito, embora doa… pois há
muito to entreguei meu eterno Amor.
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